Passante que vejo da janela, de onde vens? Por onde andeis? Aonde ireis?
Curiosidade insolente, prazeres a parte, eis que em seu bornal carrega uma vida.
Já que apressado estás, bem que poderia acompanhá-lo.
Mas não me atrevo.
Eis que o meu agrado é fantasiar.
Construir uma alternativa minha para vossa estória.
E se escrevo, tenho o desejo de registrar.
Não para que pareça claro, mas para que faça das palavras a memória!
Mas vejais a hora: devo me retirar.
Sobre o batente da janela, uma vez mais admiro a rua.
Crua sob a luz do luar, nada mais há por observar.
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