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sábado, 19 de junho de 2010

Puberdade Adulta

Receio contar que, este poeta que vos escreve sofre de um grande mal.
Mal este que lhe torna instável e descontrolado: puberdade adulta.
O tempo passou, mas os anos regridem.
As folhas retomam os galhos da árvore do tempo.
Os desejos se desencontram da razão.
Os receios já não mais estão delineados. A coragem excessiva se interpõe aos dias.
E as palavras já não saem, mas rasgam o ar embaladas de emoção.
Os beijos deveriam estar mais vorazes, a carne mais suscetível aos imprevistos.
E talvez também o estejam.
Sintam o rasgar do sopro sobre a pele a arrepiar-lhes os pelos.
Ah, como poderia eu uma vez mais me adolescentar?

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