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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Orquestra

O maestro estralou os dedos!
Principia-se o espetáculo.

Agita suavemente as mãos e entoa a melodia o grande corpo da orquestra.
E os jovens cantores, liberam suas vozes em coral de forma tão eloquente.

A cada desnível, a cada crescente vocal, os violinos acompanham apaixonadamente.

O som preenche, compreende, respira.

O som penetra, entende e comunica.

O som vive, como deveras lhe compete.

Pois apenas com o som, as palavras se completam.

E a letra não importa, a verdade não está à própria sorte.

O som combina, conjuga e corrompe.

E quando termina, aos ouvidos atentos apenas fica: o sombrio silêncio no horizonte.

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