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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Diálogo com o Leitor

Entendei este poeta que vos clama.
Não fazeis de mim instrumento para vossos amores.
Tampouco me procureis tão somente para aliviar vossos dissabores.
Não sou consolo, tampouco amigo.
Sou o palavreador dos tempos, cortando caminho por entre os dias.
Se respirades do mesmo ar que me sustento, entenderás que nem tudo o pensamento compreende.
Talvez nem mesmo os amores contemplem as maiores verdades.

E se o poeta não acreditasse no amor?
Poderia ser acusado de falso poeta, ou de insensível?
Apenas entenda, caro amigo leitor de minha poesia,
não sou um livro. Não tenho respostas.
Não sou o norte, tampouco o sul.
Em outras palavras o que sou é o centro, o começo, a nascente.
Sou intransigente e expressivo.
Sou dos que olham ao longe e entendem: é apenas o início.

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