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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Poeta à Amélia...

Como já dissera a musa de muitos poetas, todo poeta tem não somente uma, mas muitas musas e inspirações.
E se para as poetizas pode não existir musa, mas um cavalheiro anônimo. Nada impede às contradições.
Afinal, o mundo é resultado de contradições que se confirmam.
E, até certo ponto de certezas que se contradizem.
As verdades poéticas são ininteligíveis aos ouvidos desatentos e, o mundo ao seu redor nada mais pode construir que os dividendos errantes de uma economia paupérrima.
E tendo a chaga da existência por curar no horizonte, aos solitários poetas resta a vida de Amélia, para muitos aterrorizante.
A comida não se faz por vontade própria, as roupas não se lavam espontaneamente.
A vida é como a corrente, ligada aos trancos.
Entrecortada aos barrancos.
Doce vida, como fel orvalhando um girassol.
Existimos em prol das oportunidades!

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