Ouço o sussuro de um desejo,
a vontade de uma nova passagem...
mas onde está meu texto?
Estarei no próximo ato?
Insensato.
Ingrato.
Nem tenho o que fazer,
não há um só fato.
Abriram-se as cortinas.
Não é Chaplin quem dizia - que a vida é esta peça de teatro?
Não foi Boal quem construiu,
do exato, o inexato?
da verdade, a arte?
e estou eu, como um boneco à parte.
Tenho receio do final deste novo ato.
Tenho medo de não ter vossas palmas.
Somos todas jovens almas,
inseguras, desentendidas.
No final, basta que sigamos a luz - para fazer o espetáculo.
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