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sábado, 9 de outubro de 2010

Envelhecimento

Deixai que eu sinta o vento em meus cabelos, pois certamente eles cairão.
Deixai que os pêlos esbranquiçados tomem conta dos meus braços:
Entenderei que devo preservar meu templo,
ainda que eu perceba que o tempo o está matando dia após dia.
Olhemos juntos o horizonte: notemos as cores do crepúsculo.
Se o mundo todo fosse cinzento, qual seria a arte do universo?
Pare de cobrar resultados exacerbados, quem foi que disse que tudo tem que ter indicadores?
Não me olheis com este olhar de criança que comente a arte mais traquina que pode!
Também assim o sou.
Somos crianças, crescidas - porém sempre crianças.
Crianças velhas, cujos hábitos mudam, mas cuja transformação interior apenas recomeça a cada instante.
Respire. Assim perceberá que o invisível aos olhos está dentro de ti.
Compreenderá que também existe muito mais de não visível e que, também este não é inverdadeiro.

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