O relógio já não funciona há algum tempo.
O tempo passou e não me apercebi.
Antes, a criança que neste corpo morava sabia -
e dos saberes que guardava nada deixou a não ser o ímpeto de descobrir.
Descobrir o que não dever-se-ia ser descoberto:
a tesoura que corta corações,
a cola que remenda os sentimentos...
Arrogância descabida, desmedida, não contida...
Cresceu e partiu este ser incrível...
chegaram as contas pelo correio.
Não ficaram os amigos de antes tão fortes como foram...
O mundo parou.
O sol emudeceu.
As ruas se escureceram.
E na neblina desta jornada apenas ficaram os loucos gritos de simplismo.
Acabou uma fase.
Iniciou outra.
Mas dos gritos agudos e impossíveis
que aos ouvidos penetravam duramente nada pude fazer:
se tornaram grossas palavras, nada sábeis ou sensatas -
mas socialmente aceitas.
Plínio 31/12/2007
dePASC Studio
22:04 h
A despedida de um ano - lembranças de velhas fases...
Sou o sangue. Sou a carne. Sou os ossos. De tudo o que sou, também não deixo de ser o espírito. Sou o que és meu nome. Sou o que dizem que sou. Mas acima de tudo: sou eu mesmo, mesmo que para alguns não pareça. E do cálice transbordante sou apenas o líquido que refresca a insana tarde quente de maresia. Sou da poesia, o poeta. Do canto, a expressão. Da alegria o disseminador. Sou ator e cientista.
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segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Um Fim, Simplesmente
Não há palavras para momentos de tristezas.
Apenas há o doce olhar, meio e sereno.
A lágrima a rolar pelo travesseiro.
E a dor, tão singela e impaciente.
Apenas ficam as pálidas rosas vermelhas sobre a mesa.
O perfume ressequido e tímido destas pétalas que esvaem ao vento.
Não há tormento.
Tudo se acabou.
Apenas isto.
Respiro ofegante em um banho quente.
Já estou nu há horas.
E nem mesmo a campainha ressoando nervosa me retira deste momento eterno.
Sei que se acabou, sei que nem do fraterno amor terei - por menos que me seja coerente.
Apenas há o doce olhar, meio e sereno.
A lágrima a rolar pelo travesseiro.
E a dor, tão singela e impaciente.
Apenas ficam as pálidas rosas vermelhas sobre a mesa.
O perfume ressequido e tímido destas pétalas que esvaem ao vento.
Não há tormento.
Tudo se acabou.
Apenas isto.
Respiro ofegante em um banho quente.
Já estou nu há horas.
E nem mesmo a campainha ressoando nervosa me retira deste momento eterno.
Sei que se acabou, sei que nem do fraterno amor terei - por menos que me seja coerente.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Ápice
Como uma ave de rapina, ao longe percebe-se que alguém persegue com o olhar o mais belo dos seres que por ventura apenas há de existir nas fantasias.
Não, não é um frênesi pela escrita, tampouco um motivo para deixá-la por ora como devia de ficar pela existência insubordinada e imprevista. Mas apenas uma narrativa suave de algo que se passou por entre meus neurônios em uma sinapse do inconsciente e totalmente indiferente à realidade.
Nego, leitor, para qualquer efeito o uso de entorpecente ou mesmo que não possuo domínio sob minhas faculdades mentais; apenas digo o que gostaria de dizer. Deveras, não poderia deixar de fazê-lo.
Retomando ao fio deste emaranhado nada poético, antes absurdamente louco.
Este ser, de angelicais asas é mitológico. É de um olhar de madrepérola, azulado pela relva ainda verde do gramado.
Este é apenas um ser que nada tem e nada teme. Anda e rasteja como bem entenda, deixando-nos apenas a idéia de que existe. O ser que persegue é um puro e simples animal que leva sua vida com a simples emoção de nada saber e nada compreender.
E no doce instinto do ser alado, ataca sua presa em intermitente gozo. Mastiga-a e a dilacera, afinal era o que planejava.
Que esperavas tu, leitor?
A vida há de continuar, por ora, nesta insana cadeia alimentar.
E dos dentes do ser que outrora espiava, apenas há os traços de carne, impregnados da fome saciada.
Não, não é um frênesi pela escrita, tampouco um motivo para deixá-la por ora como devia de ficar pela existência insubordinada e imprevista. Mas apenas uma narrativa suave de algo que se passou por entre meus neurônios em uma sinapse do inconsciente e totalmente indiferente à realidade.
Nego, leitor, para qualquer efeito o uso de entorpecente ou mesmo que não possuo domínio sob minhas faculdades mentais; apenas digo o que gostaria de dizer. Deveras, não poderia deixar de fazê-lo.
Retomando ao fio deste emaranhado nada poético, antes absurdamente louco.
Este ser, de angelicais asas é mitológico. É de um olhar de madrepérola, azulado pela relva ainda verde do gramado.
Este é apenas um ser que nada tem e nada teme. Anda e rasteja como bem entenda, deixando-nos apenas a idéia de que existe. O ser que persegue é um puro e simples animal que leva sua vida com a simples emoção de nada saber e nada compreender.
E no doce instinto do ser alado, ataca sua presa em intermitente gozo. Mastiga-a e a dilacera, afinal era o que planejava.
Que esperavas tu, leitor?
A vida há de continuar, por ora, nesta insana cadeia alimentar.
E dos dentes do ser que outrora espiava, apenas há os traços de carne, impregnados da fome saciada.
sábado, 8 de setembro de 2007
Amor (à moda calmante)
Em meu coração sinto um novo sentimento que me consome...
parece que nada além deste amor me sacia...
Somente teus olhos me guiam,
apenas suas palavras me seguram...
e fico a pensar, o que deveras sou sem seu carinho.
Sem teu abraço - mesmo que distanciado...
Nada sou sem tua existência...
sou um louco por amar tanto:
um amor que não me cabe no peito...
e dilacera toda a mente - num inebriante desejo.
E amar me é um vício...
tão bom que não me digno a liberdade de largá-lo...
Mas o pratico e aumento regularmente as doses...
Doce entorpecente...
me consome... mas tiro-lhe todo o proveito que posso...
E meus olhos exigem mais e mais...
é repetitivo... doído mas excitante...
O amor que me consome é mais que amor: é meu calmante.
parece que nada além deste amor me sacia...
Somente teus olhos me guiam,
apenas suas palavras me seguram...
e fico a pensar, o que deveras sou sem seu carinho.
Sem teu abraço - mesmo que distanciado...
Nada sou sem tua existência...
sou um louco por amar tanto:
um amor que não me cabe no peito...
e dilacera toda a mente - num inebriante desejo.
E amar me é um vício...
tão bom que não me digno a liberdade de largá-lo...
Mas o pratico e aumento regularmente as doses...
Doce entorpecente...
me consome... mas tiro-lhe todo o proveito que posso...
E meus olhos exigem mais e mais...
é repetitivo... doído mas excitante...
O amor que me consome é mais que amor: é meu calmante.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Ourives
É estremamente cansativo o trabalho de ourives das palavras.
Talhando a cada ponta e extremidade de modo que fiquem todas não retas, mas arredondadas - sigo meu dia comum em simples circunstâncias e palavras doces.
E vai-se aos poucos, tão pouco caminhando - mas para trás vou deixando as palavras que do passado foram se apossando...
E depois de muito esmero, capricho e testes entrego a grande obra - para que tu nobre leitor, me digas que de nada serve.
E fatigado pelo tempo dedicado a tal façanha, faço da estória já citada a mais estranha dor:
A dor da crítica alheia.
Talhando a cada ponta e extremidade de modo que fiquem todas não retas, mas arredondadas - sigo meu dia comum em simples circunstâncias e palavras doces.
E vai-se aos poucos, tão pouco caminhando - mas para trás vou deixando as palavras que do passado foram se apossando...
E depois de muito esmero, capricho e testes entrego a grande obra - para que tu nobre leitor, me digas que de nada serve.
E fatigado pelo tempo dedicado a tal façanha, faço da estória já citada a mais estranha dor:
A dor da crítica alheia.
Saudoso Amor de minha existência...
Ao receber sua mensagem,
vibrei pela alegria de um amor tão singelo e puro.
Acreditei em suas palavras,
simplemente pelo fato de que para mim és o tudo.
Em meio a meus temores e suores... num terror de que possa jamais ver-te.
Apenas sonho com sua presença - em cada instante, em cada momento.
E em meu peito, este sentimento é mais do que verdadeiro: é eterno e os anjos são nosso serviço mensageiro.
Trazem docemente seus beijos...
Beijos avassaladores, arrebatadores e encantados!
E amados são estes nobres anjos...
pelo amor que nutrem em nossa existência...
e na insistência de que tudo acaba, apenas ficam as conveniências...
Que ao cair da noite, quando adormecermos - nós nos encontremos no lugar de sempre: em nossos sonhos!
Para que possamos nos amar, sempre e sempre - pelo tempo que nos seja permitido.
Amanhã, quando de nossos leitos nos levantarmos só haverá a alegria e fantasia de que tudo é perfeito.
Mas, na verdade apenas esse amor o é em seu extremo conceito.
Amor...
Já não mais lhe proferirei uma única palavra:
Meu coração já disse tudo, qualquer nossa fala que eu abra,
nada fará em nosso favor!
vibrei pela alegria de um amor tão singelo e puro.
Acreditei em suas palavras,
simplemente pelo fato de que para mim és o tudo.
Em meio a meus temores e suores... num terror de que possa jamais ver-te.
Apenas sonho com sua presença - em cada instante, em cada momento.
E em meu peito, este sentimento é mais do que verdadeiro: é eterno e os anjos são nosso serviço mensageiro.
Trazem docemente seus beijos...
Beijos avassaladores, arrebatadores e encantados!
E amados são estes nobres anjos...
pelo amor que nutrem em nossa existência...
e na insistência de que tudo acaba, apenas ficam as conveniências...
Que ao cair da noite, quando adormecermos - nós nos encontremos no lugar de sempre: em nossos sonhos!
Para que possamos nos amar, sempre e sempre - pelo tempo que nos seja permitido.
Amanhã, quando de nossos leitos nos levantarmos só haverá a alegria e fantasia de que tudo é perfeito.
Mas, na verdade apenas esse amor o é em seu extremo conceito.
Amor...
Já não mais lhe proferirei uma única palavra:
Meu coração já disse tudo, qualquer nossa fala que eu abra,
nada fará em nosso favor!
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
::. Nada .::
Acredito que o segredo de todas as coisas é o nada. Dele provém as coisas todas e seu princípio.
Das idéias que surgem, tudo parte de algum lugar, que parte de outro lugar - que partem de um ideal, cujo proprietário na maioria absoluta das vezes jaz em terras inimigas e intolerantes.
Já parou para pensar o quanto é estranho o mundo: nós somos o que não fomos no dia anterior. Nossas células morrem e são trocadas constantemente e sequer despejamos uma lágrima por conta disso.
Não há funeral, tampouco a encenação de que há sofrimento.
Apenas ignoramos tal fato.
E dos átomos que um dia fizeram parte do que mais odiamos, a natureza se apropria em nosso benefício.
Tudo é a partir dos ciclos, mas nem por isso não é proveniente do nada.
É o nada quem rege o universo; não o tudo pois este quando se acaba... adivinhem: torna-se novamente nada.
E sendo nada é exatamente tudo o que disse, sem enrolar com as palavras.
Das idéias que surgem, tudo parte de algum lugar, que parte de outro lugar - que partem de um ideal, cujo proprietário na maioria absoluta das vezes jaz em terras inimigas e intolerantes.
Já parou para pensar o quanto é estranho o mundo: nós somos o que não fomos no dia anterior. Nossas células morrem e são trocadas constantemente e sequer despejamos uma lágrima por conta disso.
Não há funeral, tampouco a encenação de que há sofrimento.
Apenas ignoramos tal fato.
E dos átomos que um dia fizeram parte do que mais odiamos, a natureza se apropria em nosso benefício.
Tudo é a partir dos ciclos, mas nem por isso não é proveniente do nada.
É o nada quem rege o universo; não o tudo pois este quando se acaba... adivinhem: torna-se novamente nada.
E sendo nada é exatamente tudo o que disse, sem enrolar com as palavras.
::. Auto-Apresentação .::
Bem-vindos a este novo espaço! Ao menos para mim ele é totalmente novo.
Neste ano tenho feito vários experimentos com relação ao uso e à confiabilidade da web.
Desde compras até mesmo isso: um blog.
Este não é meu primeiro. Na verdade o lugar máximo onde até então divulgava minhas idéias era nada mais nada menos do que em sites de relacionamento, sempre na condição de que tudo se mantivesse apenas em um círculo social confiável e restrito.
Mas, afinal como todo ser Humano, devemos ampliar nossos horizontes.
E esta é nada mais nada menos do que uma forma de fazê-lo.
Mas, como o próprio título diz, esta deveria ser uma auto-apresentação, nos moldes de um autoretrato.
A quem não me conhece, acho que a descrição é bem coerente - ao menos ainda é e hoje é 5 de set de 2007 - pois sou cientista e também tenho grande apreço pela escrita.
Caso queira conhecer melhor e trocar idéias, entre em contato. É sempre um prazer ter novos amigos!
E sejam todos bem-vindos a este espaço.
PS - é curioso usar isso, pois não é uma carta, mas enfim... Caso queira fazer uso de alguns dos textos que venham a estar presentes aqui avisem com antecedência e façam o favor de citar o autor. Obrigado.
Neste ano tenho feito vários experimentos com relação ao uso e à confiabilidade da web.
Desde compras até mesmo isso: um blog.
Este não é meu primeiro. Na verdade o lugar máximo onde até então divulgava minhas idéias era nada mais nada menos do que em sites de relacionamento, sempre na condição de que tudo se mantivesse apenas em um círculo social confiável e restrito.
Mas, afinal como todo ser Humano, devemos ampliar nossos horizontes.
E esta é nada mais nada menos do que uma forma de fazê-lo.
Mas, como o próprio título diz, esta deveria ser uma auto-apresentação, nos moldes de um autoretrato.
A quem não me conhece, acho que a descrição é bem coerente - ao menos ainda é e hoje é 5 de set de 2007 - pois sou cientista e também tenho grande apreço pela escrita.
Caso queira conhecer melhor e trocar idéias, entre em contato. É sempre um prazer ter novos amigos!
E sejam todos bem-vindos a este espaço.
PS - é curioso usar isso, pois não é uma carta, mas enfim... Caso queira fazer uso de alguns dos textos que venham a estar presentes aqui avisem com antecedência e façam o favor de citar o autor. Obrigado.
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