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domingo, 4 de julho de 2010

Tempos verbais

Numa solitária tarde de domingo, enquanto ouço o som do ventilador, sinto que na verdade nada tenho além do presente.
O passado já me foi tirado. Não faço caso de mantê-lo à mente por todo o tempo.
O futuro, em suas incertas linhas temporais, nada me assegura ou garante.
Mas o presente é ingrato, está passando.
Ele corre como o tempo, nos dias em que queremos viver situações eterenamente.
E como o carrasco das tristezas, ele se prolonga nos não tão alegres dias.
E nada como a lágrima a banhar a face, para conotar tal duração.
Presente ingrato, que já quando tu leres estas palavras - nada mais será para mim.
Passado ousado, cujo momento eternizei nestas palavras...
Futuro incomum, que lhe fez em seu atual presente, esbarrar nesta reflexão confusa.

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