Decidi há dias.
Pensei por anos.
Interagi há poucas horas.
O chão não desabou.
O céu não escureceu.
O véu não se abriu.
Nada de inconveniente se sucedeu.
O fato está consumado,
basta seguir o caminho
já há tempos desenhado.
E se de incertezas e pedras,
o caminho estiver repleto,
nada poderá mudar o que deveras
se fez por completo.
E o simples ato de assinar ao caso,
tornou do acaso o desfecho impróprio.
Do momento a suspensão da dor,
e da existência um novo recomeço.
Sou o sangue. Sou a carne. Sou os ossos. De tudo o que sou, também não deixo de ser o espírito. Sou o que és meu nome. Sou o que dizem que sou. Mas acima de tudo: sou eu mesmo, mesmo que para alguns não pareça. E do cálice transbordante sou apenas o líquido que refresca a insana tarde quente de maresia. Sou da poesia, o poeta. Do canto, a expressão. Da alegria o disseminador. Sou ator e cientista.
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quarta-feira, 28 de abril de 2010
Conselhos
Não me olheis de soslaio,
encare minha sensatez.
Tu quem inventaste os pretextos,
quem fizeste os adereços
e vestiu a malvadez.
Não quero ser o que não sou.
Tampouco falar o que não devo, mas aprende
que nada posso fazer - por quem não o mereça.
Sou amigo, dos amigos.
Sou a sombra dos merecidos.
Mas, aos que nada sabem da verdade - não sou nada.
E sou tudo: aquele que por ventura quiseras que eu fosse.
Mas não para os que não me mereçam.
Sei olhar com júbilo e alegria.
Porém também sei ignorar em demasia.
Deixai de lado o egoísmo,
aceitai que nada pode fazer perante os problemas do mundo.
O tempo é curto,
o fato é raro.
Não deixeis de conter os impulsos,
para não se arrepender os impasses resultados.
Apenas aos sóbrios surgirão os bons sonhos!
encare minha sensatez.
Tu quem inventaste os pretextos,
quem fizeste os adereços
e vestiu a malvadez.
Não quero ser o que não sou.
Tampouco falar o que não devo, mas aprende
que nada posso fazer - por quem não o mereça.
Sou amigo, dos amigos.
Sou a sombra dos merecidos.
Mas, aos que nada sabem da verdade - não sou nada.
E sou tudo: aquele que por ventura quiseras que eu fosse.
Mas não para os que não me mereçam.
Sei olhar com júbilo e alegria.
Porém também sei ignorar em demasia.
Deixai de lado o egoísmo,
aceitai que nada pode fazer perante os problemas do mundo.
O tempo é curto,
o fato é raro.
Não deixeis de conter os impulsos,
para não se arrepender os impasses resultados.
Apenas aos sóbrios surgirão os bons sonhos!
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Em cena...
Ouço o sussuro de um desejo,
a vontade de uma nova passagem...
mas onde está meu texto?
Estarei no próximo ato?
Insensato.
Ingrato.
Nem tenho o que fazer,
não há um só fato.
Abriram-se as cortinas.
Não é Chaplin quem dizia - que a vida é esta peça de teatro?
Não foi Boal quem construiu,
do exato, o inexato?
da verdade, a arte?
e estou eu, como um boneco à parte.
Tenho receio do final deste novo ato.
Tenho medo de não ter vossas palmas.
Somos todas jovens almas,
inseguras, desentendidas.
No final, basta que sigamos a luz - para fazer o espetáculo.
a vontade de uma nova passagem...
mas onde está meu texto?
Estarei no próximo ato?
Insensato.
Ingrato.
Nem tenho o que fazer,
não há um só fato.
Abriram-se as cortinas.
Não é Chaplin quem dizia - que a vida é esta peça de teatro?
Não foi Boal quem construiu,
do exato, o inexato?
da verdade, a arte?
e estou eu, como um boneco à parte.
Tenho receio do final deste novo ato.
Tenho medo de não ter vossas palmas.
Somos todas jovens almas,
inseguras, desentendidas.
No final, basta que sigamos a luz - para fazer o espetáculo.
domingo, 25 de abril de 2010
Sonhos e Tormentos 2
Confuso estou, com meus pesadelos,
nada doce os sonhos tem sido.
Uma amiga que me aparece,
cega e necessitando de atenção.
De repente percebi, que chorava na situação.
Não sei se sabia que era sonho,
tudo ofuscado se encontra então.
Tenho medo das inverdades verdadeiras
cujo véu do sono nos trás no colchão.
E se nas minhas lágrimas fossem uma dor maior,
ao me colocar na situação?
Tenho medo de pensar,
mas, mais ainda de viver com tal limitação.
Deixo esta vaga lembrança... para não esquecer
como doía o sentimento - no calor da emoção.
nada doce os sonhos tem sido.
Uma amiga que me aparece,
cega e necessitando de atenção.
De repente percebi, que chorava na situação.
Não sei se sabia que era sonho,
tudo ofuscado se encontra então.
Tenho medo das inverdades verdadeiras
cujo véu do sono nos trás no colchão.
E se nas minhas lágrimas fossem uma dor maior,
ao me colocar na situação?
Tenho medo de pensar,
mas, mais ainda de viver com tal limitação.
Deixo esta vaga lembrança... para não esquecer
como doía o sentimento - no calor da emoção.
Defensiva
Acho que perdi o sangue da poesia,
ou talvez ele azedou.
Estou insensato e proseiro,
contador de causo é o que me restou...
Mas não me preocupo com este problema,
nada mais posso fazer...
Acho que do meu poema,
não tenho nem razões para entender.
Deixarei para os literatos,
educados na arte da leitura,
que me entendam ou critiquem
tal qual julguem o meu merecer.
E se em aberto, tudo o deixo,
esqueça.
Não irei fechar as idéias, cuja construção não acabou.
Farei a argamassa, recolocarei as paredes.
depois que meu forte estiver pronto - poderemos dialogar.
Até lá, vou escrevendo - sem rumo para atracar.
ou talvez ele azedou.
Estou insensato e proseiro,
contador de causo é o que me restou...
Mas não me preocupo com este problema,
nada mais posso fazer...
Acho que do meu poema,
não tenho nem razões para entender.
Deixarei para os literatos,
educados na arte da leitura,
que me entendam ou critiquem
tal qual julguem o meu merecer.
E se em aberto, tudo o deixo,
esqueça.
Não irei fechar as idéias, cuja construção não acabou.
Farei a argamassa, recolocarei as paredes.
depois que meu forte estiver pronto - poderemos dialogar.
Até lá, vou escrevendo - sem rumo para atracar.
Domingo, 08h37
Hoje é domingo,
acordei pela manhã.
O sol chegou de mansinho,
mas ferveu-me pra levantar.
Agora, ainda cedo,
ouço o martelar de um obreirozinho...
a me contrariar!
Queria que tudo isso acabe,
ou que a coragem de cumprir meus afazeres
venha me participar...
Tenho um cesto de roupas sujas,
tudo isso pra lavar...
sem contar a louça,
que na pia está a esperar...
acordei pela manhã.
O sol chegou de mansinho,
mas ferveu-me pra levantar.
Agora, ainda cedo,
ouço o martelar de um obreirozinho...
a me contrariar!
Queria que tudo isso acabe,
ou que a coragem de cumprir meus afazeres
venha me participar...
Tenho um cesto de roupas sujas,
tudo isso pra lavar...
sem contar a louça,
que na pia está a esperar...
Sonhos e tormentos
Há duas noites, mal me lembro,
sonhei com a razão irracional da vida.
Escalava uma ensaboada escada,
escorregava e não alcançava meu lugar.
Nada além desta prosa-poesia,
nada além desta razão irregular.
Senti que alguém que conhecia,
longe dali estaria.
provoquei a ruptura da estrutura metálica
da escada de incêndio,
de tal forma que fui jogado para outro lugar.
Segurei firme nas estruturas e,
são e salvo cheguei lá.
Estou confuso com estes sonhos.
Tormentos inconfundíveis.
Não sei se são sonhos ou,
aventura de outro lugar.
Dormirei outras mais vezes, pra continuar
se puder novamente brincar!
sonhei com a razão irracional da vida.
Escalava uma ensaboada escada,
escorregava e não alcançava meu lugar.
Nada além desta prosa-poesia,
nada além desta razão irregular.
Senti que alguém que conhecia,
longe dali estaria.
provoquei a ruptura da estrutura metálica
da escada de incêndio,
de tal forma que fui jogado para outro lugar.
Segurei firme nas estruturas e,
são e salvo cheguei lá.
Estou confuso com estes sonhos.
Tormentos inconfundíveis.
Não sei se são sonhos ou,
aventura de outro lugar.
Dormirei outras mais vezes, pra continuar
se puder novamente brincar!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Trabalhos
Construir ou Plantar?
Muitas vezes esta simples pergunta modifica todas as respostas.
Quem planta, haverá de colher - mas quem constrói, nem sempre terá um telhado para o acolher.
E se o digo - tenha certeza - não é no sentido absoluto da expressão.
Quisera poder não falar por metáforas - mas façam as apostas.
Depois do trabalho realizado, a colheita é sensata.
Mas da obra acabada, não fica nada além da idéia.
Muitas vezes esta simples pergunta modifica todas as respostas.
Quem planta, haverá de colher - mas quem constrói, nem sempre terá um telhado para o acolher.
E se o digo - tenha certeza - não é no sentido absoluto da expressão.
Quisera poder não falar por metáforas - mas façam as apostas.
Depois do trabalho realizado, a colheita é sensata.
Mas da obra acabada, não fica nada além da idéia.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Prosa e Poesia
Em um só dia, poetizei
como não poetizo há anos.
Nas palavras que transcrevo,
ficaram-se razões de loucura.
Estou certo de que incertamente
estou proseando a poesia.
Não sei como será recebido,
tal processo pelos outros.
Mas talvez seja assim, que agora eu escreva.
Sem mais, nem menos,
ou sem menos nem mais.
Só sei que agora,
deixarei este blog em paz...
como não poetizo há anos.
Nas palavras que transcrevo,
ficaram-se razões de loucura.
Estou certo de que incertamente
estou proseando a poesia.
Não sei como será recebido,
tal processo pelos outros.
Mas talvez seja assim, que agora eu escreva.
Sem mais, nem menos,
ou sem menos nem mais.
Só sei que agora,
deixarei este blog em paz...
Queimação
No calor do momento,
sinto o arder queimar pela garganta...
Queima também o estômago.
Alguém tem um sal de frutas?
Não que eu queira tomar,
Na verdade nem sei se gosto.
Talvez a queimação acabe.
Talvez nada acabe.
Simplesmente nem cabe, filosofar tal razão.
sinto o arder queimar pela garganta...
Queima também o estômago.
Alguém tem um sal de frutas?
Não que eu queira tomar,
Na verdade nem sei se gosto.
Talvez a queimação acabe.
Talvez nada acabe.
Simplesmente nem cabe, filosofar tal razão.
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