Não quero mascar gomas.
Quero penetrar nos pensamentos obtusos, incertos, incompreensíveis.
Mergulhar de cabeça para longe de tudo aquilo que me devora em palavras.
A brisa deste anoitecer é provocante. Confusa.
Molhada.
Sou o sangue. Sou a carne. Sou os ossos. De tudo o que sou, também não deixo de ser o espírito. Sou o que és meu nome. Sou o que dizem que sou. Mas acima de tudo: sou eu mesmo, mesmo que para alguns não pareça. E do cálice transbordante sou apenas o líquido que refresca a insana tarde quente de maresia. Sou da poesia, o poeta. Do canto, a expressão. Da alegria o disseminador. Sou ator e cientista.
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