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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Simples assim

Deixei de acreditar em alguns sonhos mal vividos.
Tampouco parei de sonhar inconseguintes.
Estou mais do que liberto, destas amarras do mundo primaveril.
São duas as grandes razões desta causa:
o encarar sério de todos os fatos e,
a sensatez invernada da tempestade dos acontecimentos.
Já derreti de mim tudo o que poderia até então,
aprendi com as lições de causa e efeito.
Tudo tem a razão, mas também um porém.
E, mais além do que estes postes mal intencionados,
há sempre uma estação ou porto de chegada.
Ainda que todo término possa vir a ser apenas mais um recomeço,
sempre vale a pena lembrar que a cada oportunidade existe o vazio.
E para preenche-lo, bastam uma caneta e uma folha de papel.
Assim se faz o acaso: narrando suas assertativas e construindo
seus além muros.

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