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domingo, 12 de setembro de 2010

Regresso

Foi com grande pesar que regressei da cidade cinzenta.
Doeram-me os olhos, com os tons exagerados de tristeza.
Com as dessaranjadas vielas e, pelo excesso de não plantas.
São Paulo o é como deveras dizem:
uma grande selva de pedras.
E se os urubus que vi sobre um certo telhado, lá na Faria Lima,
não estivessem ao acaso - justamente numa selva improvisada,
talvez até não conspirasse em meus pensamentos sobre uma possível velhinha adoentada.
Ou algum europeu no Brasil, que não venha praticando banhos diários.
São Paulo é assim mesmo, enquanto espero o ônibus as pombas andam entre nossos pés.
No metrô vemos todos os tipos e figuras tagarelas ou não.
E a Paulista, com seu glamour improvisado e espontâneo, apenas nos faz admirar.
Sei bem que é uma cidade viva.
Mas sua tonalidade é um tanto quanto depressiva.
O difícil é não sair de lá uma vez mais e dizer:
Como ou quando voltarei a te ver?
São Paulo... ah, em todas as estações - em um só dia - tem sim seu grande e convidativo sorriso!

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