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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pacientes

Eis que aqui estou. Cá com os dizeres de sentinela.
A guardar as verossímeis verdades em absoluto.
A construmentar o consagrado início dos tempos.
Atento ao não ser mais do que pudermos evitar. De um orgulho de que não podeis gozar e tampouco se permitir.
A vaidade em vida é tal qual a flor: ao cair da tarde murcha e não tem mais valor.
Toda beleza aparente é sem sal. Tempestiva e inconstante.
Mas toda casca não deixa de ser apenas uma fina película, cujo recheio é de além-dor reconhecida.
Não saberia dizer o que penso, enquanto poeta incompreensível.
Tampouco o saberei em momento algum. O tempo é a escada dos afoitos.
Mas os degraus não se encontram onde deveriam, nem em parte curta do mesmo.
E se não há pontos de chegada, tampouco haverão de partida.
Não há lugar algum, apenas imagens criadas na psique humana.
Eis o grande sentido da inexistência existencialista: vivemos em um grande hospital psiquiátrico!

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