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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Dores da Vida

O suor informe penetra as narinas ferrozmente.
O enjoo do fado que faz pesar o cérebro.
Doem os seios da face e as têmporas instáveis.
E, assediado pela dor carnal, o sangue ferve.
A impaciência excita a incerteza de estar além das possibilidades.
Como poderia deixar de contemplar a beleza do horizonte?
Ainda que me gotejem fluídos sanguíneos pelas narinas, não o deixaria.
A vida é tal qual se pinta: mas além dos fatos.
Santa arrogância que nos contempla, com seus lábios formando o riso de criança.
Somos perfeitamente desligados das lembranças.
As sensações sutis de dor, pavor e medo alucinam.
Mas tudo passa. O fim mortifica, mas a alma multiplica.

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