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quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Silêncio interior ou grito por socorro?

E-mails. WhatsApps.

E vai para lá, e volta para cá.

Num fluxo contínuo, produtivo e que consome todo o tempo.

Áudios na velocidade 2. Podcasts?

Gravações verificadas. A velocidade é 16 x.

E os áudios que ouvimos nos players de podcasts, para distrair, já chegam a 3 x.

Todo o tempo ocupado... mas como fica o ócio criativo? Nem ócio, nem criativo.

Se o meu tempo é todo ocupado, não sobra espaço para notar a mim mesmo...

Estou praticamente dois dias atrasado para escrever esse desabafo, ou seria poema?

A verdade é que estou com a ideia na mente, mas não havia podido transcrevê-la antes. 

Preciso aprender a deixar algumas coisas para depois, mesmo que se acumulem. Preciso aprender a não me deixar para depois, porque meus desejos se acumularam.

Preciso: e precisando devo fazer... mas, quando? Deixe-me apenas existir um tempo!

sábado, 18 de outubro de 2025

Tratamento monitorado

São formulários. Questionários.

Perguntas frias, vazias. Preocupadas.

A ideia é monitorar, assegurar ou averiguar?

Não sei, mas elas chegam de tempos em tempos, rompem com a loucura do momento...

Se já atentei ou pensei em atentar contra a minha vida? Se já fiz mal ou quis fazer mal a alguém?

No final das contas, a gente faz sempre mal pra si mesmo, por guardar tudo de ruim que nos entregam.

Talvez a gente precise verbalizar mais como se sinta e sofrer menos com a maldade alheia. 

Falar é sempre importante e ajuda. 

sábado, 4 de outubro de 2025

Crítica aos vícios produtivistas contraproducentes

Da última madrugada, o que me lembro?

Lembro de tudo: da vontade de beber para me perder dos sentidos.

Do desejo de desconectar da existência para repousar em outros pensamentos.

E do frenesi de seguir trabalhando, resolvendo pendências de um mundo produtivista.

No âmago, pede-se por liberdades. Na superfície, vivem-se as disparidades.

Sextou, sabadou, ou apenas convencionou-se uma falsa liberdade?

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Intertextualidade - Pronominais

Dá-me um cigarro? Oswald já pediu, ou brincou com pedir, em "Pronominais".

Mas me dá ai, vai? Não me interessa se fizer mal para a saúde, se ajudar a relaxar e abstrair um pouco.

E então, me dá?

Doses do Mundo de Sofia

Alberto... Major... Sofia... Hilde...

Personagens? Personagens que criam personagens?

Jostein Gaarder, não é a primeira vez que leio, mas, cá entre nós: foi uma boa escolha para um clube de leitura compartilhada.

Tenho percebido nuances que, de outras vezes, não havia notado. 

E, a tira gosto, filosofado um pouco. E assim vamos para uma próxima semana!

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Com licença... Será que já nos conhecemos?

Pensei que fôssemos amigos.
Talvez tenhamos sido. Talvez algo tenha mudado.
Talvez. Tal como a vez que foi diferente.
Hoje somos meros e casuais estranhos, com assuntos tamanhos, enterrados no fundo dos nossos seres.

A gente sabe, no fundo, onde houve o desencontro.
E também sabe que, tal como a vez esperada, ainda há muito por vir.
Sigamos apenas adiante... não sejamos contraproducentes. 

Asfixias da madrugada

Tic tac... tic tac.
O tempo urge, a agenda determina.
Trabalho, trabalho, trabalho... a respiração falha.
O cansaço e a exaustão pedem uma pequena brecha.
Talvez, no final das contas, alguns buracos na agenda sejam fundamentais.

São quase metade das horas da madrugada, o produtivismo não permite dormir.
Não permite trabalhar. Não permite nada.

Quero ouvir Cazuza, quero ouvir Renato.
Quero ouvir os sons para dormir da assistente virtual

Meu gatíneo está deitado no meu ombro, ronronando desenfreadamente.
Carente... mas não estou eu carente de outras oportunidades?

Proibições e venenos

Talvez o que falte seja um pouco de libido.
Um cigarro, uma palheiro aceso para mostrar que não é proibido.
Um copo de cerveja, mas se não pode um suco de laranja ou uva.
Muito açúcar, muitos detalhes. A glicemia precisa ser acompanhada.
Cada ingestão é uma escolha, especialmente para quem tenta reverter um quadro que assustou recentemente.
De venenos em venenos, morremos.
Mas não morreríamos de qualquer forma?

Triângulos noturnos

Amores banais... carnais, consensuais.

Beijos úmidos, suados e melados.

Corpos que se entrelaçam, em muitos plurais.

Três bocas, três línguas, se costuram... se deliciam.

Prazeres pontuais, sexualidades transversais.

Olhares que passam, desejos que nos atravessam.

Somos três, mostrando que a completude coletiva poderia ser ainda mais deliciosa.

Lanternas - ou seriam holofotes - buscam desvelar a cortina dos desejos.

Sirenes, apitos... mas é lá fora. As portas batem, os motores arrancam.

No íntimo de nós mesmos, é apenas uma última noite, de um setembro seco e frio.

Poderia ser um devaneio? Talvez seja apenas um suspiro de uma existência. 

domingo, 8 de junho de 2025

Contatos imediatos

Deveria ter sido apenas uma noite... No entanto, os dedos tocaram a pele, penetraram a carne e alcançaram a alma. Os lábios trouxeram tremores, que não eram de frio, mas de emoção e desejo de estar junto.

Transcendemos o fogo das fogueiras, não apenas tocamos a sensibilidade da natureza do ser: iniciamos uma revolução nos "eus", mudando os rumos da nossa essência e, ao entrelaçar das pernas, algumas bases passadas trincaram... Talvez, nesse contexto, tenha germinado um "nós".