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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Vida desbotada

Já não posso negar, frente ao zumbido frenético e silencioso da existência...
O monocromático se apossou das lembranças, o calor do pensamento repousa no antes.
Descoloriu de minha face o sorriso aberto, incerto que se tornou o pensar.
De todas as cores, na paleta de alegrias, ficaste com as mais vivas.
Meus tons são os mais ocres, desbotados e inconsequentes.
Posso continuar, tal qual o tenho feito, inseguro em meu descolor?
Mas as cores me seduzem, me espremem o sumo dos olhos.
Não há mais um só desejo, que não a tua presença.
O que deveras preenche são os traços, trágicos e alheios...

Também disponível no Coletivo Revolucionário.

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