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domingo, 22 de maio de 2011

Desfecho de um amor

Qual seria o grande erro do poeta?
Amar, tal qual uma criança... sem medir consequências?
Ou seria acreditar que também ele merece ser feliz?
Não posso compreender que - assim despropositadamente - possa perder tua companhia em meus pensamentos.
Ainda que a dor que deveras sinta, seja tal qual a dor de uma estaca cravada em meu tórax, prefiro sentí-la entendendo as razões irracionais de tal circunstância.
Não poderia assim, de tal forma, me ferir mais do que imaginas?
Com vossas palavras distantes, forçaste meus pulsos para um corte infinito.
Escorrem por meus braços o fluído vermelho-vivo, pulsante.
Como dói dissolver um amor, tido por verdadeiro!
Apenas me resta a serenata de uma fria noite, com correntes de ar adentrando em meu quarto...
E as secas e congeladas lágrimas que lubrificaram meus olhos, rasgam minha face como faca imensamente afiada.

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