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domingo, 29 de maio de 2011

Como percebo a ausência tua

É confuso dizer, mas sinto que as cores da vida estão mais opacas.
Que os sabores de cada dia estão um tanto quanto mais insossos.
Não sinto o cheiro do orvalho de manhã, como d'antes sentia.
Sua ausência tem preenchido meus pensamentos, forçando minha contrariedade a tudo quanto possa ser feito.
Antes de nosso encontro, sequer notava tal não permanência.
Porém agora, quando deixaste meus pensamentos para apenas o mundo, sinto que é impossível respirar sem compreender que te perdi.

Confissões deste poeta

Nobre leitor, tenho algo a confessar, mas não vá distribuir minhas confissões ao vento!
Estou imerso na penumbra de meus pensamentos.
Nada pior de se ocorrer a um poeta, cujo pensar é tão caótico.
Em tal profusão de sentimentos latentes, mal posso vislumbrar o horizonte que me apresenta.
Assim sendo, vejo tudo nebuloso e escurecido, tal qual retrato envelhecido...
Gostaria de que assim não o fosse, só que não me resta negar.
Porém, não entenda este como um pedido de ajuda: pra ser sincero eu gosto...

domingo, 22 de maio de 2011

Desfecho de um amor

Qual seria o grande erro do poeta?
Amar, tal qual uma criança... sem medir consequências?
Ou seria acreditar que também ele merece ser feliz?
Não posso compreender que - assim despropositadamente - possa perder tua companhia em meus pensamentos.
Ainda que a dor que deveras sinta, seja tal qual a dor de uma estaca cravada em meu tórax, prefiro sentí-la entendendo as razões irracionais de tal circunstância.
Não poderia assim, de tal forma, me ferir mais do que imaginas?
Com vossas palavras distantes, forçaste meus pulsos para um corte infinito.
Escorrem por meus braços o fluído vermelho-vivo, pulsante.
Como dói dissolver um amor, tido por verdadeiro!
Apenas me resta a serenata de uma fria noite, com correntes de ar adentrando em meu quarto...
E as secas e congeladas lágrimas que lubrificaram meus olhos, rasgam minha face como faca imensamente afiada.

Palavras de um poeta apaixonado

Tua timidez não somente encanta, mas consome em mim o desejo de possuir-te em meus braços.
Ao comprimires vossas pálpebras, acende os candeeiros em meu interior: não é possível haver trevas.
Não é por conta do acaso que nos conhecemos, tampouco por razão incomum...
A razão é que ao tocar-lhe os lábios, sentir teu abraço e permitir-me te amar, completo a parte que falta em mim.
Poderia eu, humilde poeta, deixar de viver sem vossa presença?
Sou apenas alguém, cuja razão de existir era incompreensível até te encontrar.
Como quisera que o mundo parasse quando tomamos um ao outro em um sincero beijo.
Apenas fico, cá com as minhas palavras, impossível de descrever o que deveras sinto. O que de fato quero, o que tão pouco compreendo.
Assim o é o amor, que consome agora a minha alma...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sinto que seja necessário dizer...

Eu poderia gritar, mas não quero acordar o mundo.
Desejo viver nosso amor longe dos olhos insensíveis da humanidade.
Quando tu retribuístes meus olhares emotivos, com tamanha sinceridade, tão somente acentuou o sentimento que trago já exposto em meus gestos.
Ao encontrar sua boca, levitei por mundos jamais explorados... encontrei sentidos há muitos não despertos!
Afastei-me da realidade, sua ausência me priva de uma órbita precisa.
Tomar-te em meu colo, acariciar teus cabelos e beijar teus lábios foi o melhor presente que pudeste me conceder.
Permitir-me que te ame, é apenas o começo de um felizes para sempre...

sábado, 14 de maio de 2011

Não poderia...

Poderia eu - humilde poeta - explicar as alterações fisiológicas promovidas pela sua presença?
Jamais teria tamanha felicidade com as palavras, acredite!
Contudo, posso jurar que o mundo parou quanto toquei teus lábios: e quando mergulhei o prazer de sentir sua pele macia.
Claro que a razão me faltou ao momento, mas quando tu me aceitaste como namorado foi como se o universo todo tocasse uma melodia extremamente feliz.
E ali, no canto escuro de uma movimentada rua, quando nos entregamos ao sincero carinho de um toque: tudo iniciava de modo pueril.
Me sinto um adolescente, crescido em estatura.
Mas me sinto completo: pois com vossa presença encontrei a plenitude.
Dois perdidos em uma escura noite, nas trevas de uma correria, mas nas luzes de um sentimento.
Como poderia, pergunto eu, explicar o que apenas a experiência pode fazer compreender?
Sinceramente nada posso, apenas posso mergulhar neste sonho!

sábado, 7 de maio de 2011

Jovens lembranças do poeta

Se por acaso me perguntares como é sua pele, direi que é tão fina quanto a eternidade e tão quente quanto o pulsar de meu coração.
Mas se acaso disseres que não estou em bom juízo, responderei que perdi todo o que tinha quando seus lábios tocaram os meus.
Ao roçar suas mãos, com o carinho que lhe depositei, não pude deixar de notar o quanto de apreço lhe tenho...
Seria coerente viver de paixão? Deixar que o mundo caminhasse, como sempre o fez, mas manter-me alheio aos acontecimentos?
Oh, como quisera: tomar-te em meus braços, preenchendo este vazio que a sua ausência me deixou.
Tocar-lhe novamente o queixo, com meu olhar de quero mais.
Poderia até mesmo não responder pelos meus atos.
Tenha certeza que valeu cada momento, cada suavidade da sua permanência ao meu lado.
Certamente que parte de mim ficou naquele selado beijo, e não poderia ser qualquer fração - mas - do melhor que pude te oferecer.
Para esta noite apenas terei, extremamente nítidas, as lembranças que por aqui mencionei...

domingo, 1 de maio de 2011

Tímida Coragem de Apaixonado

Certamente sobrou audácia nos meus olhos, ao cruzar os vossos.
Sobrou vontade em meus lábios, quando entregaram-se em diálogo contigo.
Mas palpitou-me o coração, inflamado com uma paixão repentina, tal qual o fogo que consome uma fogueira no frio.
Não poderia, ainda que o quisesse, confessar o quanto alteraste meu equilíbrio.
Mas tu bem sabe, como bem o sei.
E poderás desvendar, nas linhas inúteis de meus escritos, tanto quanto julgardes necessário.
Apenas te peço: não deixeis este poeta desfolhado, às intempéries do tempo.
Amai o que ele é, para além do que escreve.