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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sinto que seja necessário dizer...

Eu poderia gritar, mas não quero acordar o mundo.
Desejo viver nosso amor longe dos olhos insensíveis da humanidade.
Quando tu retribuístes meus olhares emotivos, com tamanha sinceridade, tão somente acentuou o sentimento que trago já exposto em meus gestos.
Ao encontrar sua boca, levitei por mundos jamais explorados... encontrei sentidos há muitos não despertos!
Afastei-me da realidade, sua ausência me priva de uma órbita precisa.
Tomar-te em meu colo, acariciar teus cabelos e beijar teus lábios foi o melhor presente que pudeste me conceder.
Permitir-me que te ame, é apenas o começo de um felizes para sempre...

sábado, 14 de maio de 2011

Não poderia...

Poderia eu - humilde poeta - explicar as alterações fisiológicas promovidas pela sua presença?
Jamais teria tamanha felicidade com as palavras, acredite!
Contudo, posso jurar que o mundo parou quanto toquei teus lábios: e quando mergulhei o prazer de sentir sua pele macia.
Claro que a razão me faltou ao momento, mas quando tu me aceitaste como namorado foi como se o universo todo tocasse uma melodia extremamente feliz.
E ali, no canto escuro de uma movimentada rua, quando nos entregamos ao sincero carinho de um toque: tudo iniciava de modo pueril.
Me sinto um adolescente, crescido em estatura.
Mas me sinto completo: pois com vossa presença encontrei a plenitude.
Dois perdidos em uma escura noite, nas trevas de uma correria, mas nas luzes de um sentimento.
Como poderia, pergunto eu, explicar o que apenas a experiência pode fazer compreender?
Sinceramente nada posso, apenas posso mergulhar neste sonho!

sábado, 7 de maio de 2011

Jovens lembranças do poeta

Se por acaso me perguntares como é sua pele, direi que é tão fina quanto a eternidade e tão quente quanto o pulsar de meu coração.
Mas se acaso disseres que não estou em bom juízo, responderei que perdi todo o que tinha quando seus lábios tocaram os meus.
Ao roçar suas mãos, com o carinho que lhe depositei, não pude deixar de notar o quanto de apreço lhe tenho...
Seria coerente viver de paixão? Deixar que o mundo caminhasse, como sempre o fez, mas manter-me alheio aos acontecimentos?
Oh, como quisera: tomar-te em meus braços, preenchendo este vazio que a sua ausência me deixou.
Tocar-lhe novamente o queixo, com meu olhar de quero mais.
Poderia até mesmo não responder pelos meus atos.
Tenha certeza que valeu cada momento, cada suavidade da sua permanência ao meu lado.
Certamente que parte de mim ficou naquele selado beijo, e não poderia ser qualquer fração - mas - do melhor que pude te oferecer.
Para esta noite apenas terei, extremamente nítidas, as lembranças que por aqui mencionei...

domingo, 1 de maio de 2011

Tímida Coragem de Apaixonado

Certamente sobrou audácia nos meus olhos, ao cruzar os vossos.
Sobrou vontade em meus lábios, quando entregaram-se em diálogo contigo.
Mas palpitou-me o coração, inflamado com uma paixão repentina, tal qual o fogo que consome uma fogueira no frio.
Não poderia, ainda que o quisesse, confessar o quanto alteraste meu equilíbrio.
Mas tu bem sabe, como bem o sei.
E poderás desvendar, nas linhas inúteis de meus escritos, tanto quanto julgardes necessário.
Apenas te peço: não deixeis este poeta desfolhado, às intempéries do tempo.
Amai o que ele é, para além do que escreve.

domingo, 24 de abril de 2011

Revolução Interior

Curioso como tranformam-se as palavras, os gestos e os sonhos.
As cortinas que hoje cerram a claridade do sol em minha janela, outrora foram mais azuis.
Os desejos de diferenciação foram menos cruéis.
A insensatez talvez tenha sido um pouco menos acentuada.
A inocente e pueril maneira de criança, cujos olhos sobre o mundo a meu redor contemplava, simplesmente se perderam nos vales da existência.
E do cálice transbordante de vinho, nasceu a insegurança.
Permeados os caminhos por entre a plantação de trigo, encontrei o suspiro.
Não que ainda não existam as possibilidades, mas perderam-se as perspectivas.
Talvez um dia as encontre novamente, sob o hábito e as rugas de outro tanto tempo.

sábado, 16 de abril de 2011

Dialética de Sábado a Noite

Algumas vezes, para este poeta, tudo parece sem sentido.
Tal qual a fissura no tecido da existência, hiatos dividem os sonhos.
As dúvidas - incoerentes ou não - pairam por sobre os ombros do universo.
E posso até olhar ao longe, incerto, confuso. Mas é nas proximidades que repouso o pensamento.
Se eu pudesse fazer de outra forma, provavelmente os resultados seriam os mesmos.
Sacrificaria os sonhos.
Inventaria novas adversidades.
Nada pode ser assim - tão exato.
E no reservatório de pensamentos fica apenas a questão: razão qual será?

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Nem te notes

Psiu: não chameis a atenção de si para contigo mesmo.
Tu poderás não gostar do que haverás de perceber.
As profundezas da solidão vazia, numa escura noite de Abril, talvez não interessem a ninguém mais.
Menos ainda a si próprio.
Apenas escute as mudas chamadas de seu organismo.

"Blás" Poéticos

Custa-me suspender o sorriso pelo instante em que percebo que não há retórica maior do que a proveniente do universo.
Não poderíeis pensar que estou demente?
Certo que haveríeis de compreender.
Não sou tal qual sou, sou um novo eu.
Renovado a cada instante.
Instalado em cada momento.
Destruído por cada onda de vento.
Assim o sou: orgânico e puro.
Mas nada nutritivo ou ingênuo.
Insosso e estupidamente eu.

A quem interessar possa, exprimo minhas razões

Não me importam as tecidas teias da trama da vida, moldadas pelo fel do lábio de poucos.
Valem-me por conta as horas que passei em acreditar.
Tem significado tão somente o feito pela alma, corpo e desejo.
Eis que pela ausência não me reportarei.
Ausência esta não corpórea, mas de espírito.
Não poderia meus pensamentos e sentimentos estar em mesma sintonia?
Pudera, mas o fato é que em razão de outras circunstâncias não o está.
E nem conseguiria despender esforço impróprio a fim de tal.
Por isso prefiro calar, pelo simples distanciamento.
Por hora me basta o resguardo das idéias, com pretexto de não ser mal compreendido tão acentuadamente mais.

domingo, 3 de abril de 2011

Seria escrito em tortas linhas?

Na penumbra do seio da existência existe o alto senhor das façanhas.
Seu olhar cuida para que nada fuja ao esperado.
Para que nada tome a direção errada ou insensata.
E o livre arbítrio, talvez tu venhas a indagar.
Até mesmo ele não pode ser fruto do inesperado.
As possibilidades trilham seu próprio caminho, isso é certo.
Mas nada, em absoluto, foge ao controle.