Sei que você quer me ver.
Entendo que esteja investindo nessa relação.
Mas, em algum pequeno momento de lucidez, tu paraste para se perguntar se estou preparado pra isso?
Talvez o problema não seja que eu esteja te evitando. Apenas estou preservando meu já sofrido sentimento.
Sou o sangue. Sou a carne. Sou os ossos. De tudo o que sou, também não deixo de ser o espírito. Sou o que és meu nome. Sou o que dizem que sou. Mas acima de tudo: sou eu mesmo, mesmo que para alguns não pareça. E do cálice transbordante sou apenas o líquido que refresca a insana tarde quente de maresia. Sou da poesia, o poeta. Do canto, a expressão. Da alegria o disseminador. Sou ator e cientista.
Encontre
sábado, 30 de março de 2013
medo
Ainda não compreendi.
É uma sensação que vem consumindo , remoendo, penetrando nos pensamentos.
Sinto enjôo.
Há um leve frio na região do estômago.
Meus pés estão gelados. Minha pupila está semi-aberta.
Apenas não quero que isso aumente...
É uma sensação que vem consumindo , remoendo, penetrando nos pensamentos.
Sinto enjôo.
Há um leve frio na região do estômago.
Meus pés estão gelados. Minha pupila está semi-aberta.
Apenas não quero que isso aumente...
segunda-feira, 25 de março de 2013
Profundamente
Machuca mais saber que o retorno é inevitável.
Sim, fere profundamente e não é nos tecidos.
Há medos que atravessam nossa pele sem que percebamos, cravando fundo em nossa mente.
Eles vão consumindo, construindo uma fortaleza interna.
Quando percebemos pode ser tarde demais para lutar, cedo demais para desistir de fugir.
Sim, fere profundamente e não é nos tecidos.
Há medos que atravessam nossa pele sem que percebamos, cravando fundo em nossa mente.
Eles vão consumindo, construindo uma fortaleza interna.
Quando percebemos pode ser tarde demais para lutar, cedo demais para desistir de fugir.
Observando
Eu não pedi que me escutasse.
Não sonhei com esta sensação.
Sequer ponderei a respeito.
Talvez por isso mesmo eu continue a te observar, calado.
E eu o faço de forma que nem me note: escondido entre as mechas caídas dos meus cabelos ralos, quase calvos.
Não sonhei com esta sensação.
Sequer ponderei a respeito.
Talvez por isso mesmo eu continue a te observar, calado.
E eu o faço de forma que nem me note: escondido entre as mechas caídas dos meus cabelos ralos, quase calvos.
tic tac
O tic tac não me permite dormir.
Ele mantém o zumbido pela noite toda.
Ele consome meus pensamentos.
Costura minhas sensações.
Preenche a ausência tua a meu lado.
Ele mantém o zumbido pela noite toda.
Ele consome meus pensamentos.
Costura minhas sensações.
Preenche a ausência tua a meu lado.
Chuva na Madrugada
Psiu.
Escute o som da chuva no telhado.
Abra os olhos, só um pouco.
Eu sei que parece bobeira, mas a chuva vem lavar o que minhas lágrimas não puderam: a minha alma.
Escute o som da chuva no telhado.
Abra os olhos, só um pouco.
Eu sei que parece bobeira, mas a chuva vem lavar o que minhas lágrimas não puderam: a minha alma.
terça-feira, 5 de março de 2013
Abstinência
Tem algo que eu sempre sinto falta.
É um vício, um vício bom de verdade. Do tipo que envolve a gente profundamente.
É de poesia. É de poetizar. É de me desligar desta "metamorfose ambulante".
Tudo é muito incerto e por demais não coeso para compensar viver intensamente as coisas erradas. Tudo o que é material e concreto hoje será poeira amanhã. O tempo passa, o corpo envelhece e os portos nada seguros de hoje deixarão de existir amanhã.
É um vício, um vício bom de verdade. Do tipo que envolve a gente profundamente.
É de poesia. É de poetizar. É de me desligar desta "metamorfose ambulante".
Tudo é muito incerto e por demais não coeso para compensar viver intensamente as coisas erradas. Tudo o que é material e concreto hoje será poeira amanhã. O tempo passa, o corpo envelhece e os portos nada seguros de hoje deixarão de existir amanhã.
Assinar:
Postagens (Atom)