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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Não me obrigues

Não me forceis a negar os sonhos que ainda tenho.
Pois caso faça, talvez os perca uma vez mais.
Já - em outro tempo que passou - os depositei em barquinhos de papel e lhes permiti que conhecessem o outro mundo.
Mas as janelas foram pintadas de preto.
Meus pensamentos não tiveram mais o direito de ver a claridade.
Pior que grades apenas o escuro, vazio e fétido.
Se por ora os sonhos não podem preencher os cantos, permita-lhes apenas que a luz lhes penetre.

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