A quem interessar possa...
Gostaria de escrever das inseguranças, dos receios, do que me oprime.
Das noites mal dormidas, dos pesadelos instáveis.
Dos pensamentos que contruo, dos medos que mantenho.
Gostaria de permitir que as lágrimas me lavassem o rosto, trilhando em minha face o caminho de um riacho puro.
Que uma gota por vez destas lágrimas, ao terminar seu caminho, desaguassem em um jardim para reavivar as flores.
Nem todo mal é mal.
Nem toda bondade tampouco será seu significado.
Se há momentos de tristeza, também o haverão de alegria.
E neste misto, embrulhado sobre a mesa, sobrar-lhe-ão viveres para todos!
Sou o sangue. Sou a carne. Sou os ossos. De tudo o que sou, também não deixo de ser o espírito. Sou o que és meu nome. Sou o que dizem que sou. Mas acima de tudo: sou eu mesmo, mesmo que para alguns não pareça. E do cálice transbordante sou apenas o líquido que refresca a insana tarde quente de maresia. Sou da poesia, o poeta. Do canto, a expressão. Da alegria o disseminador. Sou ator e cientista.
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sábado, 27 de novembro de 2010
Conflitos deste Poeta
Nos últimos dias tenho vivido um conflito de interesses:
Há momentos em que quero muito escrever, infinitamente.
Porém, há momentos em que escrever parece por demais dolorido.
Na não linearidade entre estes pensamentos, apenas assunto.
Paro.
Escuto.
Sinto.
Reparo o mundo.
E então nada acontece.
Há momentos em que quero muito escrever, infinitamente.
Porém, há momentos em que escrever parece por demais dolorido.
Na não linearidade entre estes pensamentos, apenas assunto.
Paro.
Escuto.
Sinto.
Reparo o mundo.
E então nada acontece.
Retrocessos
A humanidade trilha caminhos cuja verdade é incerta,
permeados de insegurança, ladrilhados de receios.
É pelo retrocesso que se avança, pelas ultrapassagens impróprias que se recebe a recompensa.
Não olhamos para frente, mas baseamos nossas escolhas no passado.
Planejamentos não ocorrem, apenas tentativas.
E tantas e audaciosas são, que não chegamos fácil a ponto algum.
É assim, nos retrocessos que se pautam os passos adiante.
Mas o que deveria estar cada vez mais perto, fica cada vez menor no horizonte.
permeados de insegurança, ladrilhados de receios.
É pelo retrocesso que se avança, pelas ultrapassagens impróprias que se recebe a recompensa.
Não olhamos para frente, mas baseamos nossas escolhas no passado.
Planejamentos não ocorrem, apenas tentativas.
E tantas e audaciosas são, que não chegamos fácil a ponto algum.
É assim, nos retrocessos que se pautam os passos adiante.
Mas o que deveria estar cada vez mais perto, fica cada vez menor no horizonte.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Apenas mais um momento
Foi quase sem querer, tomando-me o fôlego.
O torpor enrubesceu-me a face.
A sensação nítida de que algo diferente acontecia.
Tentei escapar, emiti um leve suspiro.
Mas o olhar era de tocaia, adocicado com o sonho inutilizado que eu tinha.
Foi assim que se abateu sobre mim um ar de insolência, um não querer mais que não quero.
E tal qual o alheio a tudo o que acontece, me senti acrescido de uma importunação redundante.
Mas não há frestas nas janelas.
A escuridão apenas se apresenta.
Os raios de luz do sol de outrora estão afastados de mim.
Já nem mais contarei os dias, pois não vejo suas evidências.
Mecanicamente caminho junto ao inevitável que poderia ter sido freado.
Não sei bem em que misto de sentimentos estou arranjado, tal qual sólido cristalino.
Apenas compreendo que não sei entender o meu momento.
Mas ele também deverá passar, como tudo o que me ocorreu nesta vida.
O torpor enrubesceu-me a face.
A sensação nítida de que algo diferente acontecia.
Tentei escapar, emiti um leve suspiro.
Mas o olhar era de tocaia, adocicado com o sonho inutilizado que eu tinha.
Foi assim que se abateu sobre mim um ar de insolência, um não querer mais que não quero.
E tal qual o alheio a tudo o que acontece, me senti acrescido de uma importunação redundante.
Mas não há frestas nas janelas.
A escuridão apenas se apresenta.
Os raios de luz do sol de outrora estão afastados de mim.
Já nem mais contarei os dias, pois não vejo suas evidências.
Mecanicamente caminho junto ao inevitável que poderia ter sido freado.
Não sei bem em que misto de sentimentos estou arranjado, tal qual sólido cristalino.
Apenas compreendo que não sei entender o meu momento.
Mas ele também deverá passar, como tudo o que me ocorreu nesta vida.
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