Sou daqueles que dão a vida pelas idéias. Dos que morrem por causas justas. Dos que tem opinião e que sabem (quase) exatamente aonde irão chegar.
Sou dos que levantam a espada e só saem da batalha vitoriosos ou mortos.
Mas, mais do que tudo isso - sou da mais seleta classe de mortais: sou dos seres observadores.
Vejo nas entrelinhas da existência as razões para seguir sempre adiante - tomarei quantas chuvas for necessário, me queimarei no sol, sentirei o vento gélido do inverno - mas, jamais deixarei de me levantar em uma queda.
Sou dos que sempre estão prontos para um espetáculo ao abrir das cortinas e, não obstante, pronto para fazer do improviso a melhor arte.
Sou alquimista, gestor, educador, humano... se transmutar metais um dia era o sonho de um seleto grupo, transmutar pessoas hoje é minha missão.
E da transmutação nascem outros seres - para compor a distinta classe social a que pertenço.
Não tenha medo de descobrir quem sou, mas tenha medo de existir sem a descoberta.
E aos que um dia passaram pela minha vida, por mais curta que tenha sido a experiência, saibam que jamais voltarão a ser o que um dia foram.
Posso algumas vezes perdoar, noutras ser perdoado, mas, nunca entenderei porque alguma pessoas fazem tamanha maldade.
Na guerra que batalho, minha arma é branca: só de amor, paz e sinceridade que estou munido.
Sou o sangue. Sou a carne. Sou os ossos. De tudo o que sou, também não deixo de ser o espírito. Sou o que és meu nome. Sou o que dizem que sou. Mas acima de tudo: sou eu mesmo, mesmo que para alguns não pareça. E do cálice transbordante sou apenas o líquido que refresca a insana tarde quente de maresia. Sou da poesia, o poeta. Do canto, a expressão. Da alegria o disseminador. Sou ator e cientista.
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sexta-feira, 19 de junho de 2009
Despedida de um Apaixonado
Se um dia amei e talvez não tenha sido correspondido, o fiz de bom coração e com agrado verdadeiro. Se usei uma aliança e dela fiz a vaidade de um sonho, também nela depositei todas as esperanças de uma vida.
Sim amei até o fundo de meu peito e hoje doem até os ossos por tamanho amor que me perfuraste a razão. Me iludi com o eterno prometido: de promessas que não me valiam mais do que um tempo programado.
Não dói o fato de ter acabado, mas como se fez o fim. Ainda que eu não tenha sido dos mais justos, tampouco o fizeste comigo da justiça: sim, fui usado como um trapo já sem valor. E se te roguei que saísse pela porta da minha vida, foi um surto de necessária desapropriação.
De nada vale se ter tão perto o que se teve por completo um dia, sabendo que outro destes lábios beijará, destes olhos sentirá a ternura que eu um dia senti. Perdoe se padeci verdadeiramente e se sinceramente senti o sentimento a que me declaro ter sentido.
Apenas não quero que tu penses que não fui verdadeiro.
Se não te dei o céu com todas as estrelas, foi porque não me foi permitido.
Que outro lhe dê o que eu não pude e, que em teu caminho sobrem apenas as alegrias.
Felicidades...
(P.A.S.C.)
Sim amei até o fundo de meu peito e hoje doem até os ossos por tamanho amor que me perfuraste a razão. Me iludi com o eterno prometido: de promessas que não me valiam mais do que um tempo programado.
Não dói o fato de ter acabado, mas como se fez o fim. Ainda que eu não tenha sido dos mais justos, tampouco o fizeste comigo da justiça: sim, fui usado como um trapo já sem valor. E se te roguei que saísse pela porta da minha vida, foi um surto de necessária desapropriação.
De nada vale se ter tão perto o que se teve por completo um dia, sabendo que outro destes lábios beijará, destes olhos sentirá a ternura que eu um dia senti. Perdoe se padeci verdadeiramente e se sinceramente senti o sentimento a que me declaro ter sentido.
Apenas não quero que tu penses que não fui verdadeiro.
Se não te dei o céu com todas as estrelas, foi porque não me foi permitido.
Que outro lhe dê o que eu não pude e, que em teu caminho sobrem apenas as alegrias.
Felicidades...
(P.A.S.C.)
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